segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Saiba sobre a Anemia Falciforme

Doença que deforma as hemácias, é mais comum na população negra


Uma das doenças genéticas mais comuns é a anemia falciforme, que também pode receber a denominação de drepanocitose. Ela é caracterizada pela má-formação das hemácias que são células sanguíneas responsáveis pelo transporte do oxigênio e do gás carbônico para os tecidos.

Essa má-formação das hemácias, as deixa, ao invés do formato circular achatado e côncavo, com a forma que lembra uma foice, daí o seu nome falciforme.

Essas hemácias mal formadas, entopem os vasos sanguíneos, principalmente os vasos capilares, que por sua espessura finíssima, não conseguem fazer a devida passagem para o transporte das células.

A anemia falciforme como dissemos, é hereditária e a média de vida dos seus portadores é bem alta, graças aos cuidados e ao avanço da ciência no controle, apesar de que a mesma, não tem cura.

Os sintomas variam de indivíduo para indivíduo. Uns podem tem vários indicadores, outros não. Os primeiros sintomáticos geralmente costumam aparecer no segundo ano de vida do ser humano e caracterizam-se por dor, em especial nos ossos e articulações, ou na região abdominal, icterícia (amarelado nos olhos e pele), sequestro de sangue no baço, ou seja, o baço pode aumentar devido ao acúmulo de sangue, já que a função deste órgão é filtrá-lo para auxiliar na eliminação de impurezas e pode com isso, provocar o colapso no cérebro e nos demais órgãos, úlceras, infecções e síndrome mão-pé (crises de dor nas articulações e ossos das mãos e dos pés, notadamente em crianças pequenas).

 


O tratamento é paliativo, visando o controle das crises e a sua prevenção. O indivíduo falcêmico, deve ser acompanhado por toda a vida. Um dos exames mais importantes para o seu diagnóstico, é o exame do pezinho, que consiste em dar uma pequena perfurada no calcanhar do pé do bebê, nas primeiras semanas após o parto e coletar uma certa quantidade de sangue, em um papel filtro, para analisar o quantitativo de hemácias existentes com o formato característico da deformação. O teste do pezinho, pode descobrir outras doenças genéticas que possam estar presentes, como a fenilcetonúria (que explicaremos em outra postagem mais adiante).

A maior incidência de casos da anemia falciforme, está na África, Índia, Oriente Médio e Europa mediterrânea. Entre os indivíduos, os negros são mais propensos à tê-la. No Brasil, cerca de 8% dos que se declaram negros, possuem a doença. Mas há casos relatados em pessoas com outra cor de pele, já que há um altíssimo índice de miscigenados.

Uma peculiaridade é bastante notada entre os portadores da falcemia. É que quem tem a doença, está mais protegido contra a malária, já que a mesma precisa se reproduzir no interior das hemácias e com o formato em foice, o protozoário causador da malária, não poderá se desenvolver. 







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