sexta-feira, 23 de julho de 2010

50 anos de revolução

1960 se tornou um ano chave numa época onde a revolução feminina estava no auge.

Foi em 60, que a farmacêutica Searle, lançou o Enovid, a primeira pílula anticoncepcional de que se tem notícia.

Antes da chegada deste método, as mulheres buscavam combater a incidência de gravidez com outros meios contraceptivos como a camisinha, o diafragma e a tabelinha.

A pílula é fruto das pesquisas do cientista norte-americano Gregory Pincus, que durante anos, investigou um medicamento que interrompesse o período fértil da mulher por um determinado tempo e assim, ela pudesse proporcionar sua satisfação sexual sem nenhum perigo de engravidar.

Em 50 anos, completados no último mês de maio, o anticoncepcional seguiu a evolução feminina e com ela se atualizou. Hoje, há variações do produto que vão desde a forma tradicional, até as versões injetáveis e mesmo adesivas, onde o medicamento é liberado sob a pele em doses necessárias à sua atuação.

Dez anos após o lançamento, já eram cerca de 6,8 milhões de unidades vendidas somente no Brasil. Número este que foi sobressaltado nos anos 80, ultrapassando a casa dos 40 milhões.

Já existem estudos que apontam o uso da pílula à base de estrogênio natural, tanto que a farmacêutica Bayer Schering Pharma, lançou um novo produto seguindo esta linha. Trata-se do Qlaira.

A tendência agora, são as pílulas ecológicas e até, uma versão masculina está em pauta.

Anticoncepção e Liberação Sexual


Os métodos anticoncepcionais se tornaram tão recorrentes do universo da mulher, que entre elas o planejamento familiar já figura no mesmo panteão da liberdade sexual.

Jovens, maduras e até as senhoras da terceira idade, adotam os mais diversos tipos de anticoncepção, em especial a pílula, e com benefícios.

Um estudo da Universidade de Aberdeen, Inglaterra, aponta que 46 mil mulheres, ao longo de 40 anos e que fazem uso da pílula, são menos propensas a morrer de câncer ou de problemas do coração.

A Pílula no Brasil em Números

  • 9 milhões de mulheres, são usuárias da pílula no país atualmente;
  • 85% estão satisfeitas com o método e 70% não fazem nenhuma questão de trocá-lo;
  • 35% das mulheres brasileiras, usam a pílula há dez anos ou mais;
  • 1 em cada 3 brasileiras acham que a pílula melhora a satisfação sexual;
  • 1,95 é a média de filhos por mulher hoje no Brasil. Há 50 anos, essa média era superior a 6 filhos.
Fontes: IBGE, Febrasgo, Unifesp, Fundação Carlos Chagas e Instituto Guttmacher.

Texto constituído com inserções da matéria "O Futuro da Pílula", da Revista IstoÉ, edição de 28/04/2010, págs. 80 a 86.

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