Doar órgãos e tecidos, é mais do que apenas salvar vidas. É um ato de amor e de solidariedade. O Brasil possui atualmente, o maior programa de doação do mundo. Segundo números da Secretaria da Saúde da Bahia, o estado tem cerca de 4.380 pacientes* na fila de espera por um transplante. Destes, cerca de 956 esperam córneas, 209 aguardam fígado e 3.214 estão à espera de um rim em toda a Bahia.
Para ser um doador, o diálogo com os familiares é imprescindível. Converse com seus parentes sobre o seu desejo de doar órgãos e tecidos. Até porque, em caso de morte encefálica confirmada por uma equipe médica, a família terá que assinar a autorização. Detalhe: o cidadão que manifeste o desejo de doação, não precisa deixar documentos confirmando o interesse.
Quais órgãos podem ser doados?
Um indivíduo pode doar órgãos para até 25 pessoas. Dentre os órgãos e tecidos mais solicitados, estão as córneas, o fígado, os rins, o coração, os pulmões, a medula, a pele, o pâncreas e as válvulas cardíacas. A doação pode ser feita de duas maneiras: intervivos e após indicação de morte encefálica. Em ambos os casos, é necessário análise médica para comprovar a compatibilidade do doador e do transplantado.
O que é morte encefálica?
Denomina-se morte encefálica, aquela em que uma equipe médica atesta a parada das atividades cerebrais, sem comprometer os orgãos internos do corpo. Para se determinar a morte encefálica, uma equipe multidisciplinar faz avaliações neurológicas a cada seis horas e exames complemetares de eletroencefalograma e arterioscopia.
Como um cadáver pode ser doador?
A primeira coisa a se observar é se o paciente que acabou de ser diagnosticado com morte encefálica, tem registro e histórico hospitalar. Enquanto isso, a equipe deve fazer a indicação de hipotermia (diminuição da temperatura corporal abaixo dos 35º C) ou hipotensão arterial (baixa nos níveis de pressão arterial sanguínea) e verificar se o paciente não se encontra sob efeito de drogas atuantes do SNC. Feito isso, a equipe de captação de doação de órgãos, comunica ao familiar do cadáver para os trâmites de transplante.
Hora do transplante
Pronto, após os trâmites de autorização do transplante realizados, a equipe de captação informa à Central de Transplantes para saber se alguém da fila de espera é compatível com as características de quem teve os órgãos retirados, isso para se evitar uma rejeição dos anticorpos. Localizado o receptor, o órgão é levado ao hospital onde se realizará a cirúrgia. Lembrando que devido a análise de compatibilidade, nem sempre o receptor que está na primeira fila da lista, está apto a receber o órgão a ser transplantado.
O processo de captação e transporte é seguro?
Todo o processo de captação e transporte, são feitos de maneira segura e confiável. Somente receberá o órgão ou tecido a ser transplantado os receptores cadastrados em um banco de dados com informações sobre as características do transplantado. Isso tudo para garantir o sucesso de todo o procedimento.
Como saber se o hospital tem uma equipe de captação de órgãos?
Aqui na Bahia, existem 25 unidades hospitalares com equipes de captação de órgãos e tecidos. Você pode saber a listagem destas unidades e os responsáveis pela captação através do site da Coordenação Estadual da Central de Transplantes, clique aqui para acessá-lo.
Outros links sobre o assunto
Você pode obter outras informações sobre o assunto clicando nos sites abaixo:
- ADOTE: http://www.adote.org.br
- ABTO: http://www.abto.org.br
- Sociedade Brasileira de TMO: http://www.sbtmo.org.br
- Sistema Nacional de Trasplantes: http://dtr2001.saude.gov.br/transplantes
* Números atualizados até 01/06/2010.
Seu comentário é muito importante para nós. Mas para que ele seja publicado, você deve seguir algumas regras.
Os comentários não devem ser anônimos, nem devem conter ofensas, palavrões e nem links com conteúdo político, erótico, publicitário, violento ou que incentive o uso de entorpecentes de qualquer natureza.
Todos os comentários são avaliados pela moderação, antes de ser publicado.
EmoticonEmoticon